quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Eu olho, mas não vejo


A minha poesia revela a dor e doçura de quem passa pelo caminho com a ausência de muitas coisas.

A mais ardil de todas reside na identidade.

Perdi-me em algum lugar que não gostaria de voltar, ou não tenha coragem suficiente para seguir. Meus passos revelam um percurso não traçado, mas imaginado, e intensamente desejado...

Eles param.

E como dói saber que parar é deixar lacunas nos sonhos.

É não identificá-los! É simplesmente não ver o beijo do romance final, não dar o abraço da despedida.

É um pedaço de amar. Não é paixão terminada.

É um amor não continuado, preso a fúria do aguilhão.

Minha doçura arde como o mel das abelhas.

Se não realizei aqui, acredito que serei mais forte para ver os próximos erros, apesar de não saber se quero sempre acertar...Viver é bem mais interessante.


Viviane Nascimento

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