sábado, 4 de outubro de 2008

"A política do terno e gravata"




Tempos que estamos vivendo, tempos de eleições, me faz refletir a ação dos políticos e sobre tudo a nossa, enquanto cidadãos.
Gostamos muito de criticar a atuação dos políticos com o bordão clássico de que todo político é corrupto. Mas não seria a população brasileira mais corrupta? Não quero aqui tentar responder a essa pergunta, mas propor uma reflexão.
Os brasileiros reclamam da política e, sobretudo, dos políticos, entretanto insistem em manter no poder os mesmos corruptos de sempre. E quando aparece um candidato que possui uma postura diferente, mas próxima ao povo, este não o elege. Vou exemplificar. Quando Lula mantinha uma postura esquerdista ferrenha, desarrumado e com a barba mal arrumada nós brasileiros não o elegemos. O trocamos por Collor, e FHC. Reclamamos durante todos esses anos. Mas nas últimas eleições ele ganhou. Isso representaria uma mudança na postura da população brasileira? Não, pelo contrário, é uma continuidade. É importante perceber que Lula mudou para se eleger. Passou a usar um terno chique (FHC e Collor), tratou da barba e fez uma série de alianças políticas que o deixaram de mãos atadas. Em síntese, Lula se tornou igual aos burgueses que sempre mandaram no Brasil. Nós não elegemos um trabalhador metalúrgico que lutava pelos interesses reais do povo, elegemos um bode expiatório da classe burguesa pensando que sabíamos o que queríamos.
A população votou na continuidade esperando uma descontinuidade. Que ingenuidade!! Precisamos ter certeza do que queremos.
Não queremos mudança, essa que é a verdade. Se realmente a população quiser ver dias melhores pensará bem sobre a importância do voto e da cobrança aos políticos que visitam nossas casas nesses dias.


Denis Macário
Natal, 04 de outubro de 2008.

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